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Equilíbrio no dever e na Devoção


introdução

1. É compreensível, é aceitável ter inveja/ciúme da preferência dos outros com o desejo de praticar o bem?

Abrir mão das atitudes de uma boa acolhida em nossa casa, para aprender de Jesus, é desprezar o cuidar de pessoas ou trata-se de bom senso para valorizar ao Senhor?

2. É muito interessante observar que a história de Marta e Maria destaca a importância do nosso amor para com Deus. E, não foi nenhum acidente o autor Lucas colocá-la como contraposição com a história do Bom samaritano, porque existem paralelos entre as duas histórias.

3. Na verdade, ambas as histórias são o protesto de Jesus com as questões culturais acerca das regras sociais inflexíveis impostas pelos religiosos. Isto é, um samaritano jamais seria considerado um exemplo de atenção e consideração. Uma mulher jamais iria sentar aos pés de um Mestre.

4. Devemos esforçar-nos pela unidade de acordo com Deus-Esp.Sto, no vínculo da paz. Precisamos aspirar às alegrias do coração unido

Isto requer exterminar com o orgulho, a ira, a inveja da nossa vida pessoal e simultaneamente, demonstrarmos equilíbrio entre o nosso dever e a nossa devoção.

I - DEVER

1. Marta preferiu preparar a refeição da noite. Ninguém a forçou a fazer isto. Na realidade, ao examinarmos a situação, descobrimos que Marta realmente gostava de trabalhar. Ela gostava de receber elogios por sua cozinha.

2. Ela estava realizando o papel assinalado pela sociedade para uma dona de casa, em agindo assim, ela permite distrair-se do ouvir acerca da Palavra de Deus, ministrada pelo Mestre dos mestres, Jesus.

3. Mas o cenário era este: Jesus estava na sala da casa conversando com os que estavam reunidos a sua volta. Marta, ocupada na cozinha nos fundos da casa, preocupada com o bom atendimento, esteve totalmente absorvida em preparação de alimento.

4. Tudo ia bem, mas os seus elevados padrões nessa área e sua compulsão para ter as coisas bem em ordem para a visita de Jesus frustraram-na grandemente, ao descobrir que sua irmã não estava ali ajundando-a.

5. Ela ficou irada porque avistou a sua irmã Maria sentada aos pés de Jesus. A inveja, o ciúme tomou conta do seu coração, tanto assim que ela não somente estava ignorando a Jesus, mas ela começou inclusive a dar ordens a Ele (vs.40).

6. Dá para imaginar dando ordens a Jesus, o convidado especial? Mas, foi exatamente isto o que ela fez. Jesus apontou o problema dela: estava aplicando esforço de primeira qualidade a atividades de segunda qualidade.

7. Pessoas tem temperamentos variados; algum são extremamente ativos, necessitam estar sempre ocupados, são incapazes de sentar, ouvir e aprender. Outros são pensativos, que gostam de sentar, ouvir, aprender e avaliar antes de ocuparem-se.

8. Concordamos que vivemos num mundo de pessoas que facilmente estão distraídas pelas ocupações e deveres do dia-a-dia. Nosso mundo é cheio de distrações, cheio de pressão, que nos levam a focalizar no que é urgente em vez do essencial. (ex.chuvas/enchentes desta semana na cidade)

9. Eu verdadeiramente acredito que Marta quis honrar Jesus. Mas o seu desequilíbrio no servir, no atender, fez com que ela perdesse o foco. Penso que ironicamente ela esteve trabalhando como o diabo para servir o Senhor Jesus, pois o seu maior erro foi o de impor seu sistema de valores em sua irmã Maria.

10. Note que Jesus não disse para Marta fazer o que Maria estava fazendo. Porém, foi a atitude de Marta que necessitou correção, porém, o seu trabalho e dedicação foram ótimos e necessários.

11. É muito ruim ter muita coisa a fazer, e fica pior, qdo pensamos em alguém para nos ajudar, e a pessoa está sentada, pensando, ouvindo, lendo, cantando, etc. Eu entendo a reação de Marta, mas jamais podemos perder o foco.

12. Qdo o nosso trabalhar, servir, atender nos leva a criticar outros e ter piedade de nós mesmos porque nos sentimos cansados, usados, desvalorizados, nós deveríamos separar um tempo para examinar nossas vidas, se de fatos estamos trabalhando, servindo com equilíbrio agradando com nossas ações e reações o Senhor da obra.

13. Porque prova que estamos mais interessados em cuidar de nós mesmos do que em cuidar do nosso relacionamento de amor para com Ele e com os outros ao nosso redor. Saibam que ao colocarmos muita ênfase nas várias tarefas da vida, podemos estar negligenciando a parte verdadeiramente boa.

14. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros, elas podem ser facilmente negligenciadas. Isto é, nossas responsabilidades e atividades urgentes podem impedir-nos de dedicar tempo a orar, estudar e servir a Jesus.

15. Leia (Lc.10:38-42) e responda:

(a). Quase todos nós fazemos o papel de ?caroneiros? espirituais alguma vez na vida. Você tem feito sinal com polegar pedindo carona durante os cultos recentemente?

(b). O que você sugere fazermos para possuir o melhor que Deus tem para nos oferecer em nossa vida devocional?

II - DEVOÇÃO

1. Muitos crentes flutuam pela vida sem nenhum compromisso sério com Deus e Seu Reino. Recebem Jesus para conseguir o bilhete de ingresso no céu e simplesmente vão de carona pelo resto da existência humana.

2. Ficam contentes de viajar nas orações, no louvor, na adoração e no aprendizado dos outros sem jamais buscar a face de Deus por si mesmos. Deixam que o trabalho dos outros leve o ministério de Jesus aos seus entes queridos, aos perdidos e aos que necessitam de apoio pessoal na vida.

3. Deixam que o peso da evangelização, o peso do ensino e prática dos princípios da Palavra de Deus e o contribuir com dízimos e ofertas de outros suportem o ministério do rebanho local.

4. Maria amava a Jesus e estava sentada a seus pés ouvindo-O. Maria escolheu passar o seu tempo com seu Senhor, porque O amava com "todo" o seu coração, com "toda" a sua alma, com "toda" a sua força, e com "todo" o seu entendimento.

5. Maria investiu o seu tempo para aprender de Jesus, personificando uma vida devocional apaixonante, porque todos nós queremos ouvir o Senhor Jesus, sentir a Sua presença e atraí-lo com adoração e culto.

6. Amar assim ao Senhor Jesus significa escolher buscar as prioridades espirituais, mesmo se isso significar fazer outras coisas não tão bem, ou mesmo não fazê-las. De acordo com a avaliação de Jesus, Maria havia escolhido a melhor parte.

7. Isto é, qto mais obtemos de Jesus, mais Dele precisamos ter, porque tudo o que Ele fez e está fazendo se destina a restaurar-nos à intimidade de Sua presença. Freqüentemente, precisamos escolher entre fazer algo bom e fazer alguma coisa melhor.

8. Embora a Bíblia nos diz que qdo duas ou três pessoas se reúnem em o Nome de Jesus, a presença Dele está ali, todavia, algumas dessas mentes estão há uns milhões de quilômetros distante.

9. Estamos tão ocupados, preocupados com tudo que temos a fazer que não conseguimos ficar 30, 45, 60 minutos para ouvir o que o Senhor tem para nos dizer. Chegamos aqui já prontos para sair. Creio que o Senhor nos deu a Sua Palavra como uma ferramenta para sevi-Lo vitoriosamente nesta e como um mapa para nos guiar de volta para a Sua presença íntima.

10. Qdo temos uma vida devocional plena com o Senhor, os nossos problemas que parecem tão grandes e que querem bloquear o nosso tempo em ouvi-Lo, parecem ser muito menores e perdem o poder de paralisar e controlar a nossa vida.

11. Os problemas, os afazeres mudaram? Não. Mas, a minha e a sua perspectiva mudou, porque nós os vemos agora de uma perspectiva eterna dos céus como o Senhor sempre quis.

12. Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo.

13. Algumas coisas que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. Todavia, o Senhor Jesus quer que façamos uma escolha entre a aprovação do ser humano e a Sua divina aprovação, entre o caminho do ser humano e o Seu divino caminho.

14. Isso não é uma escolha fácil, e se for possível, devemos fazer tudo para viver em paz com todos. Porém, o que escolheremos?

conclusão

1. Eu acredito que nós muitas vezes temos sido injustos no contrastar a atitude de Marta e Maria, como se cada cristão deve fazer uma escolha para ser um trabalhador como Marta ou um adorador como Maria.

2. Todavia, eu penso que o Senhor deseja que cada um de nós imite a Maria em nossa adoração(devoção), e imite a Marta em nosso trabalho(dever), alcançando o verdadeiro equilíbrio entre ambos.

3. Portanto, amados, a grande lição que aprendemos aqui é que dever e devoção andam juntos, ambos são necessários para que tenhamos um equilíbrio em nossa vida espiritual.

4. Isto é, amados, Marta aproveitou um grande privilégio, ao preparar uma comida para o Mestre. Maria aproveitou um grande privilégio ao se sentar os pés do Mestre, para ouvir e aprender Dele.

5. A realidade é que toda ação, todo relacionamento, toda instituição tem um foco básico, agradar ao Senhor Jesus, entretanto, qdo perdemos o foco, certamente estamos encrencados.

6. Assim sendo, como crentes devemos manter o foco em agradar ao Senhor Jesus, cultivando o servir de Marta e o adorar de Maria em nossa vida cristã, expulsando e evitando o orgulho, o ódio, a inveja, ou seja nenhuma competição ou comparação entre nós.

7. Avalie:

Atualmente a sua vida está sendo focalizada no que é urgente ou no que é essencial? Atualmente a sua vida está equilibrada no trabalhar, servir, ouvir e adorar ao Senhor, ou está focalizada no que você tem a fazer amanhã?

8. Pense agora:

Sentando sem servir é ser impotente

Servindo sem sentar é perder o foco.

Servindo depois de sentar produz força e equilíbrio espiritual. Amém!


Por: Pr. Roberto Brito
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