" Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrar o Rei da Glória.Quem é o Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. "
(Salmos 25:4)
Greves, manifestações, ocupações, paralisações e protestos são o preço de se viver numa democracia, e devemos lembrar disso quando oramos por liberdade de se pregar o evangelho em países que proíbem a evangelização e perseguem os missionários cristãos, devemos orar para os países com regime teocráticos se tornem laicos e democráticos, como o Brasil, e que permitam o anuncio do evangelho. Sim, como o Brasil!
Acontece que o brasileiro sofre do complexo de vira-lata prognosticado por Nelson Rodrigues há mais de 50 anos. Seria esse sentimento de inferioridade diante de tudo o que é estrangeiro. Sentimento que se revela pelas frases como a famosa "só no Brasil", diante de alguma notícia de corrupção ou impunidade de crime de colarinho branco; ou daquela expressão mais irritante "virou Brasil" que o pronunciante acha que qualquer desordem, seja o quarto mal arrumado dele ou o mal atendimento na loja de grife que ele frequenta, é sinônimo de brasil.
Não há muito o que se fazer com esse sentimento, que é pobre de argumentos, reducionista pois reduz todos os problemas a um só; e determinista por determinar que temos problemas por sermos brasileiros e não europeus ou norte-americanos.
Acredito em um Deus criativo, que trabalhou o complexo de inferioridade do povo de Israel o tempo todo, como fez com Moisés e Gideão, por exemplo; pois não podia fazer muita coisa com quem se sente inferior e reclama de sua origem o tempo todo.
"Só em Israel que não temos rei sobre nós, "queremos ser governados como as nações vizinhas" foi a reclamação do povo de Israel para o profeta Samuel, ao que Deus responde; não foi a você, mas a mim que eles rejeitam, 1 Samuel 8. Somos brasileiros e a resposta para os nossos problemas vem de Deus que quis que nascêssemos brasileiros e não de um Deus que tem soluções europeias ou norte americanas para os nossos problemas, o complexo de inferioridade em nada vai nos ajudar e só pode repetir problemas de outros lugares aqui. Não ao patriotismo à la Galvão Bueno, mas não ao pessimismo comparativo com outras nações que não leva a lugar algum. Sejamos cristão e brasileiros, e nos próximos dias com muito mais orgulho de sermos o que somos, pois somos o centro do mundo.
Laércio Miranda é professor do departamento infantil CREAR e professor de história