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Santa Ceia do Senhor



não aguento mais você


introdução

1. (Ex.32:1-14), Moisés permaneceu no monte com Deus por 40 dias. Os israelitas ansiosos ao pé da montanha insistiram com Arão, para ele fizesse deuses que os conduzissem. Considerando que Deus havia acabado de dizer a Moisés para não fazer ídolos, eles não poderiam ter pedido coisa pior.

2. Embora, antes de Moisés subir para se encontrar com Deus, os israelitas haviam concordado plenamente com a aliança feita com Deus (Ex.24:3,7). Mas, apenas 40 dias mais tarde, o povo estava celebrando um novo ídolo, um novo deus (Ex.32:7,8), esquecendo que Deus os amava ao devastar o Egito para libertá-los, mantendo-se empenhado em sustentar a promessa feita aos patriarcas, de que eram o povo escolhido.

3. Mas, os israelitas aos pés do Monte Sinai, demonstraram um compromisso centrado em seus próprios prazeres e temores, desprezando o líder Moisés, como libertador escolhido por Deus, e consequentemente desprezo por Deus, sendo um povo inexplicavelmente infiel. Qdo Deus viu tal atitude, reagiu de uma maneira drástica (Ex.32:9,10).

4. Todavia, a resposta de Moisés foi diferente, mesmo sabendo que os israelitas estavam dispostos a voltar às costas para Deus e adorar um ídolo de ouro feito por eles mesmos, o problema não era como eles o agrediam pessoalmente como líder espiritual, mas como eles agrediam a Deus.

5. Moisés sabia que o comportamento idolatra do povo requeria que alguém intercedesse por eles perante Deus, caso contrário eles seriam destruídos. Alguém precisava intervir a seu favor e socorrê-los. Embora o povo não fosse nenhum pouco amável, eram rudes, intratáveis e radicalmente nulos na disposição para mudar, e, seria o natural, Moisés também os desprezar.

6. Porém, Moisés demonstrou algo sobrenatural. Ele colocou o conforto pessoal em segundo lugar em prol das necessidades do povo de Deus. Ele olhou além das provocações pecaminosas em que eles se encontravam e se preocupou com a condição deles. Moisés se preocupou qdo era mais fácil não se preocupar. Ele não priorizou as regras e sim o próprio povo.

7. Moisés nunca conversou com Deus sobre como os israelitas eram maravilhosos e encantadores. Ao contrário ele conversou com Deus sobre Deus. Ele recordou que Deus os havia libertado e redimido. Ele disse a Deus que ao destruir o povo, os egípcios poderiam legitimamente afirmar que o Senhor queria mata-los e que foi incapaz de leva-los para a terra que prometera.

8. Certamente Moisés estava preocupado com a reputação de Deus. Ele queria que aquela confusão fosse resolvida de maneira que honrasse a Deus. Moisés se preocupava com a glória de Deus. Ele foi capaz de relacionar a glória de Deus com a situação crítica em que o povo se encontrava diante da ira divina. Moisés se preocupou em não comprometer a glória de Deus.

aplicação

1. (I Cor.10:31), o ap.Paulo está interessado que os crentes em Corinto vejam o significado espiritual da vida miraculosa que vivem e reconheçam a presença do Senhor e Fonte do poder que nela há para melhor comportamento. Não temos que cair como o povo de Israel, o Senhor proveu o meio de vencermos (vs.13).

2. O Senhor Jesus é a nossa força, o Seu sangue deve ser o nosso poder. Seu Corpo foi quebrado por nós, e toda vez que participamos da ceia do Senhor, comendo o pão e bebendo o cálice, tomamos conhecimento e força de que a sua morte e Sua ressurreição destruiu o poder do diabo.

3. Para livrar-nos da tentação, para vivermos vidas vitoriosas, não podemos ter relacionamento algum com os fetiches dos pagãos e com a adoração a ídolos, nem buscar agradar os nossos próprios interesses carnais, nem ser motivo de escândalo, mas, sim, o dever de fazer tudo para a glória de Deus.

4. Qdo as outras pessoas estão em apuros, preocupamo-nos mais com a ideia de como os seus problemas nos afetam do que com a situação difícil em que eles se encontram. Preocupamo-nos com aquilo que é melhor para suas vidas somente qdo a minha vida não é muito afetada.

5. Antes de nos aventurarmos a menosprezar os israelitas, temos que reconhecer que eles não são muito diferentes do restante de nós. Sei que eles não são tão diferentes de mim. Algumas mudanças em nossas vidas costumam ser demoradas, e, mesmo qdo começamos a mudar, somos inconstantes.

6. Infelizmente, com frequência, a questão é não vemos a necessidade ou não queremos mudar. Mas, sempre estamos exigindo a mudança radical e bem rápida na vida das outras pessoas ao nosso redor. É comum dizermos ao mais alto som: ?eu não aguento mais você?. A disposição para queixar-nos interiormente ou espalhar comentários azedos sobre as outras pessoas, é uma indicação de que já ?não aguento mais você?.

7. O ponto culminante do ?não aguento mais você?, é qdo cessamos completamente de nos preocuparmos com a vida da outra pessoa. Temos a tendência de ficar mais aborrecidos com as pessoas que amamos. O que elas fazem importa para nós. Um dos indícios de que não amamos uma pessoa é qdo não somos afetados por aquilo que ela faz ou deixa de fazer.

8. Muitos confundem amor com concordar com o pecado, é um erro trágico diante de Deus. Em nenhum momento Moisés concordou com o pecado do povo, porque a indiferença, nem mesmo perceber que a outra pessoa existe, é o indicador número um de um verdadeiro ódio e de um desinteresse real.

9. Mas, o que acontece qdo tentamos ajudar pessoas obstinadas e teimosas? Elas ficam felizes por receberem cuidados? Elas percebem rapidamente as próprias necessidades? Elas agradecem a nossa preocupação e sacrifício, a nossa disposição para ouvi-las e nossos melhores esforços para aconselhá-las com sabedoria? Com certeza não.

10. São exatamente essas pessoas que necessitam da nossa intercessão diante do Senhor. Saibam que aquelas pessoas que mais precisam de ajuda são as que menos percebem suas necessidades. Bem como, não são as pessoas que rapidamente queremos ajudar. Preferimos ajudar aquelas pessoas que parecem mais atraentes, agradáveis, humildes, que menos precisam de fato da nossa ajuda.

11. Preferimos ajudar as pessoas que reconhecem a nossa ajuda, pois elas nos fazem sentir bem e não exigem muito de nós. Aqui está o engano do pecado, porque Deus nos coloca no lugar certo, no convívio com pessoas difíceis, chatas, desagradáveis, para ajuda-las a exaltar e compreender a glória Dele.

12. Sempre esperamos que as nossas ações produzam resultados positivos e imediatos, porém, muitas vezes qdo nos colocamos entre uma pessoa errada, irada e o objeto de seu erro e de sua ira, o foco dessa pessoa muda, porque ela passa a estar irada contra nós que queremos ajuda-la. Isso nos mostra que a nossa decisão de ajudar alguém não pode ser baseado nos resultados que desejamos obter.

13. A nossa decisão deve ser baseada em preservar a glória de Deus. A reputação do Senhor é o fator que deve ser levado em conta na solução de nossos conflitos interpessoais e não os nossos direitos se estamos certos ou errados ou prejudicados ou abusados. A glória de Deus deve ser a primeira coisa que deve vir em nossas mentes qdo somos ofendidos ou machucados por irmãos em Cristo, ou entes queridos em nosso lar.

14. A glória de Deus deve ser a primeira coisa que deve vir em nossas mentes qdo somos traídos, ou qdo nosso cônjuge é pego com pornografia, ou qdo nossos filhos iniciam a terceira guerra mundial. A glória de Deus deve ser a primeira coisa que devemos pensar, e não a última coisa que iremos lembrar.

15. Receio que a glória de Deus signifique muito pouco para mim e para você em nossos momentos de adversidades. Respondemos muito fácil aos outros e os outros a nós, não levamos desaforo para casa, como se apenas a nossa honra como seres humanos estivem envolvida nas interações diárias. Agindo assim, sempre estamos comprometendo, ferindo a glória de Deus.

conclusão

1. Aqui é o momento para uma breve pausa. Se a glória de Deus passasse a ser a nossa preocupação principal, como isso mudaria o nosso jeito de interagirmos em situações que nos levam a subir nas paredes? Como poderíamos resistir à tentação de ignorar as situações difíceis no relacionamento uns com os outros no dia-a-dia?

2. Como poderíamos deixar de cumprimentar uns aos outros? Como poderíamos deixar de conversar uns com os outros? Como poderíamos continuar a falar: ?não aguento mais você?, e falarmos de outra forma? O que faríamos de diferente? Como reagiríamos de outra maneira?

3. Muitos de nós discutimos uns com os outros, fofocamos uns dos outros, ofendemos com brincadeiras desnecessárias uns aos outros, mentimos uns aos outros, desprezamos uns dos outros, agimos com indiferença uns aos outros, porque não nos importamos com o que é certo ou errado, mas porque queremos manter as aparências.

4. Se nós desejássemos mais do que tudo manter a glória de Deus, perderíamos o prestígio do nosso eu diante do Senhor e dos outros, e, sempre reconheceríamos, confessaríamos e abandonaríamos essas nossas práticas.

5. Qdo nos importamos com a manutenção da glória de Deus em nossos relacionamentos com Ele e uns com os outros, constantemente o Senhor nos ajudará a enxergar os paralelos de insensatez nas atitudes dos outros em relação à nossa própria vida, nos levando a buscar o Seu divino perdão tanto para nós como para os outros.

6. E, assim perceberemos que assim como nós, os outros ao nosso redor também necessitam da graça, da misericórdia, da paciência e do amor Dele. Agindo assim, somos transformados de maneira a estender esse mesmo cuidado a todos os rebeldes, obstinados, teimosos, ingratos que estão ao nosso redor, pois devemos fazer tudo para a glória de Deus. Amém!


Por: Pr. Roberto Brito
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